A angústia é um afeto e não um sintoma.
- Gabriela Lemgruber
- 3 de dez.
- 1 min de leitura

[ Um quarto em silêncio. A luz pisca. Alguém bate na porta]
Pessoa: (assustada) Apareceu algo desconhecido na porta... corre, corre, corre!
Voz: Não deixa entrar. Ela veio me atormentar... mas, estranhamente, parece que não é uma completa desconhecida.
(Toc, toc, toc...)
Pessoa: Quem é?
Voz: Sou o que invade o teu corpo sem deixar você decifrar.
Pessoa: (irritada) Dessa invasão eu estou farta. Pode procurar outro corpo!
Voz: (sarcástica) Mas você não gosta de ficar sofrendo no seu cantinho? Usando ela como desculpa para não ter uma vida social... para não se aproximar de ninguém?
Pessoa: (hesitante) É... pensando bem... hmmm... Você até me ajudaria a não precisar lidar com a vida social.
(Pausa longa. Um suspiro.)
Pessoa: Pensando melhor... pode entrar. Eu me viro depois com o que vou fazer com isso. Assim, poderei ficar a sós... e sofrer, sem nem saber o porquê.




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